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Coração partido, infarto e conexão

Isto não é novidade para você, provavelmente…

Todos nós ouvimos histórias sobre alguém sobreviver pouco tempo depois da morte de um cônjuge muito amado.

Este fenômeno é a matéria-prima da literatura apaixonada, desde Shakespeare até algumas novelas e melodramas de hoje.

Trinta anos atrás, Colin Murray Parkes publicou um estudo abrangente demonstrando que a ocorrência era mais do que um recurso literário.
Ele mostrou que muitas pessoas, incapazes de fazer a transição para uma vida sem a sua amada, acabam sendo vítimas de uma gama de doenças com freqüência alarmante.

Muitas vezes as pessoas atribuíam isso às conseqüências de um “coração partido”, um diagnóstico que a maioria dos especialistas médicos rejeitavam (e alguns ainda rejeitam).

A ciência vem comprovando…

No entanto, a ciência está revelando cada vez mais que a condição é bastante real, o resultado de profundo desequilíbrio emocional levando a mau funcionamento da química do corpo.

A menos que você tenha uma resiliência natural ou cultivada ao sofrimento intenso acoplado com a solidão, seu corpo entra em estado de choque que se assemelha àquele sofrido pelas vítimas de experiências traumáticas como guerra, assassinatos, acidentes graves, etc.

Como você responde pode significar literalmente a diferença entre a vida e a morte

Alguns especialistas do coração agora avaliam o impacto de relacionamentos rompidos e a solidão resultante como potencialmente tão perigosos quanto artérias obstruídas e estresse extremo.

 

O síndrome do coração partido

O maior estudo que reflete isso foi realizado pelo Dr. Chet Rihal da Clínica Mayo.
Nesse estudo, ele examina o que ele chama de “síndrome do coração partido” e confirma uma forte ligação entre perda emocional e problemas cardíacos.

Entre outras descobertas, o estudo também observa que cerca de 10% das pessoas que sobrevivem a um ataque cardíaco após a perda de um ente querido são suscetíveis de ter outro ataque dentro de um curto período de tempo.
No entanto, apesar do grande número de pessoas que são vítimas de perda e solidão, a maioria das parece lidar com a questão sem problemas sérios.

Genética e saúde cardíaca geral, sem dúvida, são fatores de retorno ao equilíbrio, mas uma conexão social que se estende além da dependência de uma única pessoa é outro fator significativo.

Alimentação saudável e atividade física não são tudo

Mais de 60 anos atrás, a pequena cidade de Roseto, Pensilvânia, passou a ser o centro de atenção dos cientistas.
“Não conseguimos entender como o povo de Roseto tinha uma taxa tão baixa de infarto do miocárdio”, lembra um dos pesquisadores.
“Nós esperávamos encontrar essas pessoas super saudáveis que comiam com moderação e faziam muito exercício.
Mas esse não era o caso . . . ”

Os moradores de Roseto não eram modelos de saúde e corpo sarado.
Eles comiam comida gordurosa, bebiam álcool e descansavam sempre que possível.
Na verdade, seu estilo de vida era idêntico ao de seus vizinhos nas cidades e metrópoles vizinhas.

A única diferença que os cientistas puderam encontrar era que os moradores de Roseto estavam fortemente ligados.
Eles tinham crescido juntos.
Todos se conheciam.

Eles ofereciam ajuda sempre que era necessário e relataram um poderoso sentimento de pertencimento e identidade dentro da comunidade.

Se isso fosse o que protegia o povo de Roseto, os cientistas teorizaram, então a taxa de doenças cardíacas aumentaria à medida que os jovens da cidade se mudassem para outras cidades.

Os cientistas começaram um estudo ao longo de 50 anos que acabou por provar sua teoria.

À medida que os habitantes da cidade tornavam-se mais “americanizados” e as crianças ficavam mais independentes, o efeito desapareceu.

Um forte sentimento de ligação social inoculou os residentes contra as doenças cardíacas pelo menos tão eficazmente quanto comer o alimento certo, fazer exercícios regulares, não fumar e beber, e geralmente vivendo o que é comumente aceito ser um estilo de vida saudável.

Este efeito já foi demonstrado em vários estudos.
A “resistência do hospedeiro” à doença, como é conhecida, é, clara e profundamente reforçada pelo apoio social e pela conexão.

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Tradução e adaptação: Mizuji Kajii
Fonte: Os segredos de ser feliz, Richard Bandler

Este post tem um comentário

  1. Ubirajara

    Ótimo artigo!!!!!
    Obrigado

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