Nas últimas décadas, o pensamento positivo vem ganhando força em nossa sociedade.
Hoje, temos inclusive uma escola de psicologia denominada de psicologia positiva.
O pensamento positivo se tornou uma ciência.
Há um batalhão de defensores do pensamento positivo.
Grande quantidade de livros, cursos outros produtos lançados sobre o assunto.
O pensamento positivo se tornou um grande negócio.
Mas uma psicóloga e professora das Universidades de Nova York e Hamburgo, alerta em seu livro recente (“Repensando o pensamento positivo”, ainda sem tradução para o português), que essa prática tem sérias limitações, sobretudo no ambiente profissional.
Com base em pesquisas feitas nos últimos 20 anos, ela mostra como a realidade difere das alegações dos defensores do pensamento positivo.
O pensamento positivo, ao contrário do que muitos acreditam, pode diminuir a motivação.
Acaba levando a pessoa a atitudes passivas, o que é um grande problema para quem tem objetivos a alcançar.
Foi o que aconteceu com mulheres obesas participantes de um programa de redução de peso:
Aquelas que se mostravam mais otimistas sobre os resultados, acabaram emagrecendo menos do que as mais pessimistas.
Elas pensaram positivo mas acabaram mastigando mais.
Um outro psicólogo, da Universidade de Califórnia em Los Angeles, endossa a teoria da psicóloga e recomenda que ao invés do pensamento positivo simples, que a pessoa tome ações de maneira positiva no ambiente profissional.
O pensamento positivo precisa ser complementado com ações positivas para produzir resultados desejados.
Ela também aponta que o pensamento positivo tem sua utilidade em alguns contextos.
O pensamento positivo promove alívio e bem-estar a curto prazo.
E isso pode ser útil como primeiro passo, desde que seja seguido de ações efetivas que promovam as mudanças necessárias.