E se você for um canhoto mental e não sabia?
Provavelmente você nunca ouviu falar em canhoto mental. É uma expressão que acabei de inventar.
O que é um canhoto mental?
Você já sabe que no mundo existem os destros e os canhotos.
Grande parte do que existe no mundo hoje foi feito basicamente pelos destros e isso muitas vezes torna a vida mais difícil para os canhotos.
Isso porque existem muitas coisas criadas pensando apenas nos destros. Pensando apenas na facilidade dos destros, desconsiderando os canhotos.
Antigamente as crianças canhotas sofriam na escola, porque os pais e os professores obrigavam aquelas crianças a escreverem com a mão direita, o que seria uma coisa muito difícil para elas.
Muitas pessoas pensavam que os canhotos eram “defeituosos”, só porque eram diferentes delas.
Hoje em dia, é diferente.
Segundo algumas estatísticas, de cada dez pessoas, uma é canhota.
Aqui eu quero falar de uma outra coisa.
A ideia é o seguinte: sua mente pode ter uma programação que nem sempre coincide com a de outras pessoas.
Ou seja, as pessoas a sua volta podem ser de um jeito e você pode ser diferente delas.
Muitas coisas que funcionam bem para aquelas pessoas podem não funcionar bem para você.
Mas assim como existem hoje em dia dispositivos e ferramentas feitas especificamente para os canhotos, se você tiver ferramentas mentais adequadas, de acordo com sua programação mental, você vai render tanto quanto ou até melhor do que as pessoas à sua volta.
Estamos na era da diversidade.
Diversidade cultural, diversidade de opções sexuais, diversidade étnica.
Mas parece que as pessoas ainda não acordaram para a diversidade de programação mental.
Querem enquadrar tudo dentro dos padrões mentais que conhecem – os seus.
Elas pregam ou acreditam que todos temos que ser ambiciosos e correr atrás de metas.
Quem não é proativo é visto como problemático, um empecilho.
O detalhista é visto como chato e o generalista é admirado por sua “visão”.
Nem oito, nem oitenta.
Há lugar para todos.
Por isso, você precisa conhecer os metaprogramas.
Algumas pessoas já viram isso, mas a grande maioria não sabe do que se trata.
Até parece um palavrão: metaprogramas.
O que é isso?
O prefixo “meta” significa além de, algo que está acima. Portanto, metaprogramas são programas que estão acima ou além dos outros programas.
Todos nós temos nossa programação mental.
Temos vários programas, um para cada finalidade e existe um conjunto de programas que está acima desses programas mais específicos.
Esses programas mentais que influenciam os outros programas são chamados de metaprogramas.
Por exemplo, existe um programa mental para escrever um texto.
Alguns gostam de estruturar o texto na mente antes de começar a escrever.
Outros, vão simplesmente escrevendo e depois fazem os ajustes.
São os metaprogramas que determinam se a pessoa vai fazer de um jeito ou outro.
No final, ambos vão entregar o texto pronto.
No entanto, experimente obrigar o primeiro – aquele que estrutura o texto primeiro na mente – a fazer como faz o segundo: simplesmente começar a escrever para depois fazer ajustes.
É quase certo que não vai conseguir. Vai resistir muito e se fizer, o resultado não será tão bom.
Os metaprogramas operam em segundo plano.
Não temos consciência deles, mas são eles que determinam nossos estilos pessoais preferenciais.
Aguarde a segunda parte deste artigo.
Está curioso? Assista ao vídeo onde explico isso, clicando aqui.
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