Novas pesquisas indicam que o pensamento positivo também tem suas limitações e que exageros podem causar preguiça e comodismo na pessoa.
É claro que o otimismo tem um papel muito importante em nossas vidas.
Como diz o empresário sueco Michael Stausholm: “O pensamento positivo é algo que faz parte do DNA de qualquer empreendedor. Sem ele você nunca deveria começar um negócio”.
15 anos atrás, quando ele deixou seu emprego em uma das maiores empresas mundiais para abrir sua primeira empresa, seu sócio projetou um futuro positivo para os dois com muito sucesso.
Ambos acreditaram nesse futuro positivo, sentiram-se animados. Isso foi importante no início.
Mas quando a empresa deles começou a ter problemas, o empresário aprendeu uma dura lição: só pensar positivo e manter uma atitude otimista não adianta. É preciso misturar tudo com uma boa dose de realismo.
Tanto na vida pessoal como nos negócios, o poder do pensamento positivo tem sido enfatizado nas últimas décadas.
Napoleon Hill com sua obra Pense e enriqueça, Norman Vincent Pearle com O poder do pensamento positivo. E mais recentemente, Rhonda Byrne, com O segredo.
Todos esses livros fizeram grande sucesso, enfatizando o poder do pensamento positivo.
No entanto, Gabrieele Oettingen, professora de Psicologia nas Universidades de Nova York e Hamburgo, autora do livro Repensando o pensamento positivo, tem uma opinião crítica sobre isso.
Ao começar a estudar o assunto junto a um dos maiores nomes do pensamento positivo, ela descobriu que os níveis de energia caem quando as pessoas mentalizam fantasias positivas sobre o futuro, como ter um bom emprego e ganhar bem.
Quando as pessoas fantasiam sobre seus objetivos, frequentemente não fazem o esforço necessário para atingi-los.
Seu estudo revelou também que jovens que pensavam positivamente sobre ter um bom emprego, após deixar a universidade, acabavam ganhando menos e tendo menores chances de contração do que colegas com mais dúvidas e preocupações.
Os mais otimistas também se candidataram a menos vagas do que os pessimistas.
Eles criam uma fantasia e já se sentem realizados e relaxados.
Com isso, perdendo a motivação necessária para fazer o que precisa ser feito, que as coisas de fato aconteçam.
Na verdade, precisamos tanto do otimismo como do pessimismo, em doses adequadas. Precisamos do equilíbrio.
Precisamos ser otimistas para que possamos acreditar na possibilidade de alcançar o resultado que queremos.
Sem esse otimismo, nós iríamos desistir antes mesmo de tentar.
Sem otimismo, fica impossível assumir riscos.
Por outro lado, o otimismo exagerado pode enganar o cérebro, fazendo com que o mesmo acredite que o resultado já foi alcançado.
Se o resultado já foi alcançado então não há motivo para agir.
Portanto não há motivação para se esforçar a fim de fazer o que precisa ser feito para alcançar objetivo.
Como encontrar equilíbrio?
Gabrielle Oettingen desenvolveu um método que concilia o pensamento positivo com a preocupação, para aumentar as chances de alcançar os objetivos.
O método já vem sendo utilizado por várias pessoas e os resultados tem sido animadores.